sábado, 31 de agosto de 2013

Igreja, uma sociedade humana que Deus planejou para expandir o seu amor.


   Por Pastor Cícero Manuel
 “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor e aquele permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” (I João 4:16).

   Deus é um ser social. Essa expressão Bíblica descreve não apenas os atos de Deus, mas o seu caráter. Deus é amor na essência do seu caráter santo e eterno. Ao criar o ser humano Deus o fez á sua imagem e semelhança, dotando-o de todos os requisitos necessários à sua vida como um ser social. Mas principalmente Deus Criou o ser humano pra viver numa sociedade dominada pelo amor, mas infelizmente o pecado perturbou toda a estrutura psicoemocional do ser humano, impedindo a sua plena comunhão com Deus e com o seu próximo.

Deus então, porque é amor, usou o fracasso humano para, outra vez demonstrar seu amor. Ao redimir cada ser humano da condenação do pecado e ao agrupar homens e mulheres redimidos em sua igreja, Deus está mostrando o seu caráter, o seu amor. Não se pode entender a natureza da igreja sem deixar se tocar pelo amor de Deus demonstrado na pessoa de Jesus Cristo.

A igreja é, pois, a reunião de seres humanos regenerados pelo Deus de amor para adorar a Deus em amor e para amarem uns aos outros no amor de Deus. Deus é amor e quem permanece em amor permanece em Deus(I João 4:16). A igreja é a sociedade humana que Deus planejou e que existe antes da queda ao mesmo tempo em que é um sinal vivo do amor de Deus a toda a humanidade. Essa compreensão de igreja como sociedade humana dominada pelo amor de Deus vem da verdade revelada nas sagradas escritura guando nos mostra que Jesus nos amou e morreu por nossos pecados na cruz. Mas Deus prova seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (ROM 5.8).

O que o mundo mais precisa é compreender esse amor. E é exatamente isso que Deus espera como membros da igreja, que o concedamos uns aos outros, e também devemos continuar expandindo esse amor para incluir os que estão do lado de fora, pois a igreja é a responsável expansão do amor de Deus.  Que Deus nos ajude nessa missão.

                                                                         

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

REFORMA OU REAVIVAMENTO?

Quanto mais tempo passa fica mais clara a necessidade de um novo modelo de igreja para o presente momento. Muitos teóricos criticam o modelo vigente dizendo que vivemos em uma era pós-cristã, que a igreja como a tínhamos não mais atraí as pessoas e que agora comunidades sem bandeira denominacional fazem parte do cardápio do momento. No entanto essas comunidades diferenciadas seguem os mesmos modelos só que travestidos de modernidade. Acham que se não houve pastor e sim um líder leigo tudo será diferente. Tentam abolir o dízimo e creem que somente a Ceia do Senhor deve ser mantida como sacramento ou ordenança. Isso tudo evidencia que algo precisar ser mudado e rápido. Tenho visto muita discussão se as mudanças passariam por uma reforma na igreja ou por um viés de reavivamento. As argumentações mais tendentes entre os cristãos tradicionais caminham pela via da reforma seguindo um dos grandes motes da Reforma do século XVI “Ecclesia reformata et semper reformanda est”, Igreja Reformada Sempre se Reformando. Pelo lado pentecostal ou avivado o mote de décadas é avivamento sempre ou busca pelo poder do Espírito Santo. Aí ficamos em um dilema sem solução. O lado tradicional querendo uma volta ao cristianismo primitivo e os pentecostais querendo a mesma coisa só que através de reavivamento.
Um receia uma profunda experiência com o Espírito e o outro de se ver engessado dentro de uma camisa de força da tradição. Creio que a via intermediária seja uma boa solução.
Creio que não precisa ser um em detrimento do outro, ou seja, reforma ou reavivamento. Para mim pode ser reforma e reavivamento. Em nada adiantaria uma reforma sem reavivamento e não surtiria efeito algum um avivamento sem reforma.
Reforma sem reavivamento é odre sem vinho e reavivamento sem reforma e vinho sem odre. Um precisa do outro e foram feitos um para outro. Precisamos sim de uma reforma para expurgar os acréscimos feitos ao evangelho ao longo de décadas que o descaracterizam. Sim, precisamos urgentemente de uma reforma, pois a igreja vem acrescentando comportamentos e doutrinas totalmente alheias ao evangelho. Vem perdendo seu vigor diante de uma sociedade cada vez mais cética e pluralista. A igreja não está conseguindo alcançar várias camadas da sociedade e vem deixando esse espectro social à deriva. Uma reforma colocaria a igreja novamente nos trilhos e a faria ser mais efetiva e eficaz em seu chamado. Muitos entendem por reforma uma mudança radical nas práticas eclesiológicas e litúrgicas, introduzindo assim elementos estranhos ao culto como: dança profética, capoeira gospel, luta livre antes de suas reuniões para atrair os jovens etc. Nada disso tem provocado a reforma tão esperada, mas simplesmente descaracterizado o culto e banalizado o sagrado. Isso não constitui reforma. Uma volta às doutrinas reformadas e à simplicidade do evangelho surtirão os efeitos desejados por muitos. Mas ai aparece o contraditório. Um retorno ao princípio necessariamente passa por reavivamento. Uma volta ao princípio nos colocaria frente a frente com o Espírito Santo e consequentemente com uma vida dinâmica. O problema é que para muitos reavivamento significa confrontos com demônios, sucessão de correntes das mais variadas formas, quebras de maldições, unções de todos os tipos e isso não tem dinamizado a igreja, pois o que por traz se encontra é a busca exacerbada por maior visibilidade, poder e dinheiro. A igreja está morrendo de inanição diante destas tentativas de reavivamento. Reavivamento é atuação soberana do Espirito Santo dinamizando a igreja de Cristo de tal maneira que pecadores se reconhecem pecadores indo para o inferno e buscam abrigo na Cruz do Calvário. Reavivamento é a igreja sendo energizada pelo poder de Deus e cumprindo o ide de Cristo com maior competência. Isto implica em deixar de viver da força da carne e se guiada pelo Espírito. Muitos acham que reavivamento é total ausência de tradição, verdade, doutrina e caráter, mas antes pelo contrário, reavivamento é termos bem presentes nossas origens, nos pautarmos pela verdade da Palavra, seguirmos o norte da Sã Doutrina e demonstrarmos um caráter transformado pelo evangelho de Cristo.
Sim, precisamos de reforma e reavivamento urgente. Precisamos das doutrinas reformadas e um retorno à simplicidade do evangelho e isso orvalhado pelo poder revitalizador do Espírito Santo. Precisamos de odres e vinhos compatíveis. Quando vivermos um reavivamento veremos crescer entre as pessoas um senso de pecado e pequenez diante do Deus todo poderoso. Vivemos dias onde os cristãos não se acanham em pecar e fazem isso naturalmente. Mas cheios do Espírito a primeira impressão no coração do homem é de inadequação diante de Deus. Pecados são confessados e abandonados. Tenho visto pastores que vivem no limite do pecado e esperam vencer as tentações e o mesmo se dá com cristãos. Só venceremos o pecado quando o temermos. Ai sim, fugiremos dele. Só venceremos o pecado quando formos colocados face a face com o Senhor nosso Deus e então ficarmos impressionados com sua santidade. Sim, precisamos de reavivamento urgente.
Alguém dirá: como compatibilizar reforma e reavivamento? Nosso maior exemplo está em Jonathan Edwards. Teólogo e filósofo. Pastor e pensador. Viveu no século XVIII e morreu com a idade de aproximadamente 55 anos. Era um pastor calvinista que experimentou um poderoso avivamento em seu tempo. Em sua comunidade Edwards catalogou mais de 300 conversões em uma população de aproximadamente 2000 habitantes. Presenciou pessoas sendo transformadas maravilhosamente pela graça de Deus e as alimentou com sermões puramente embasados na doutrina reformada. Jonathan Edwards era assim: Nem crédulo nem hipercrítico, sempre examinando os dois lados. Sempre buscando o equilíbrio. Foi o primeiro pastor e filósofo a catalogar as experiências ocorridas em um avivamento e escreveu sobre estes fenômenos.
Não nos resta muita coisa a fazer a não ser voltarmos para a Palavra e sermos cheios do Espírito Santo, caminho este plenamente bíblico e necessário. Caso contrário vivenciaremos tempos áridos, com pouca colheita, baixo nível de santidade e um quase total desprezo pela Palavra.
Sim, é possível vivermos uma reforma com reavivamento. Creio que esta seja uma boa receita para a igreja no séc. XXI.
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Será que sabemos o que é igreja ?


 
 “Igreja não é templo, não é sinagoga, não é mesquita. Não é o santuário onde os fiéis se reúnem para cultuar a Deus. Igreja é gente, e não lugar. É a assembléia de pecadores perdoados; de incrédulos que se tornam crentes; de pessoas espiritualmente mortas que são espiritualmente ressuscitadas; de apáticos que passam a ter sede do Deus vivo; de soberbos que se fazem humildes; de desgarrados que voltam ao aprisco.

Igreja é mistura de raças diferentes, distâncias diferentes, línguas diferentes, cores diferentes, nacionalidades diferentes, culturas diferentes, níveis diferentes, temperamentos diferentes. A única coisa não diferente na Igreja é a fé em Jesus Cristo.

A Igreja não é igreja ocidental nem igreja oriental. Não é Igreja Católica Romana nem igreja protestante. Não é igreja tradicional nem igreja pentecostal. Não é igreja liberal nem igreja conservadora. Não é igreja fundamentalista nem igreja evangelical. A Igreja não é Igreja Adventista, Igreja Anglicana, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Deus é Amor, Igreja Episcopal, Igreja Mundial,Igreja Holiness, Igreja Luterana, Igreja Maranata, Igreja Menonita, Igreja Metodista, Igreja Morávia, Igreja Nazarena, Igreja Presbiteriana, Igreja Quadrangular, Igreja Reformada, Igreja Renascer em Cristo nem igrejas sem nome.
 
A Igreja é (universal), mas não é a Universal do Reino de Deus. É de Jesus Cristo, mas não dos Santos dos Últimos Dias. Porque é universal, não é igreja armênia, igreja búlgara, igreja copta, igreja etíope, igreja grega, igreja russa nem igreja sérvia. Porque é de Jesus Cristo, não é de Simão Pedro, não é de Miguel Cerulário, não é de Martinho Lutero, não é de Simão Kimbangu, não é de Sun Myung Moon, não é de Bento 16 nem de Edir Macedo.

Em todo o mundo e em toda a história, a única pessoa que pode chamar de minha a Igreja é o Senhor Jesus Cristo. Ele declarou a Cefas: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).
Não há nada mais inescrutável e fantástico do que a Igreja de Jesus Cristo. Ela é o mais antigo, o mais universal, o mais antidiscriminatório, o mais inexpugnável e o mais misterioso de todos os agrupamentos. 

Dela fazem parte os que ainda vivem (igreja militante) e os que já se foram (igreja triunfante). Seus membros estão entrelaçados, mesmo que, por enquanto, não se conheçam plenamente. Todos igualmente são “concidadãos dos santos” (Ef 2.19), “co-herdeiros com Cristo” (Ef 3.6; Rm 8.17) e “co-participantes das promessas” (Ef 3.6). Eles são nada menos e nada mais do que a Família de Deus (Ef 2.19; 3.15). Ali, ninguém é corpo estranho, ninguém é estrangeiro, ninguém é de fora. É por isso que, na consumação do século, “eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3).

A Igreja de Jesus, também chamada Igreja de Deus (1 Co 1.2; 10.22; 11.22; 15.9; 1 Tm 3.5 e 15), Rebanho de Deus (1 Pe 5.2), Corpo de Cristo (1 Co 12.27) e Noiva de Cristo (Ap 21.2), tem como Esposo (Ap 21.9), Cabeça ( Cl 1.18 ) e Pastor (Hb 13.20) o próprio Jesus.

A tradicional diferença entre igreja visível e igreja invisível não significa a existência de duas igrejas. A Igreja é uma só (Ef 4.4). A igreja invisível é aquela que reúne o número total de redimidos, incluindo os mortos, os vivos e os que ainda hão de nascer e se converter. Eventualmente pode incluir pecadores arrependidos que nunca freqüentaram um templo cristão nem foram batizados. Somente Deus sabe quantos e quais são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Tm 2.19).

A igreja visível é aquela que reúne não só os redimidos, mas também os não redimidos, muito embora passem pelo batismo cristão, se declarem cristãos e possam galgar posições de liderança. É a igreja composta de trigo e joio, de verdadeiros crentes e de pseudocrentes. Dentro da igreja visível está a igreja invisível, mas dentro da igreja invisível nunca está toda a igreja visível. A Igreja de Jesus é uma só, porém é conhecida imperfeitamente na terra e perfeitamente no céu”.
De qual você,o senhor,a senhora faz parte? Da igreja à visível ou a invisível ?

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Desembargadora é processada por “incitação ao ódio” contra evangélicos


Desembargadora é processada por “incitação ao ódio” contra evangélicos Desembargadora é processada por "incitação ao ódio" contra evangélicos


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está novamente investigando a desembargadora do TJ Elisabeth Carvalho Nascimento. O motivo desta vez é apurar uma denúncia feita pela Frente Parlamentar Evangélica contra ela. Uma Reclamação Disciplinar foi oficiada, onde a bancada evangélica do Congresso acusa a desembargadora de “discriminação, preconceito e incitação ao ódio contra o povo evangélico”.
A irregularidade começou no julgamento do processo de cassação do mandato do deputado João Henrique Caldas, o JHC, por abuso de poder religioso. Ele recebeu apoio da Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário RR Soares. Quando deu parecer favorável à cassação de JHC, a desembargadora tratou a fé evangélica com deboche e escárnio, tendo chamando os líderes dessas igrejas de “fraudadores, corruptos e caloteiros”, além de proferir outras grosserias.
Ela insinuou que o deputado João Henrique Caldas pagou para participar dos cultos da Igreja Internacional da Graça de Deus. Comentou também que os cultos evangélicos só acontecem sob “negociatas, transações, acordos ou contratos envolvendo a compra e venda de bênçãos”.
A Frente Parlamentar Evangélica, presidida pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO), questiona ainda por que a magistrada se aproveitou da repercussão do caso para divulgar diante de toda imprensa sua posição contrária ao povo evangélico. Ela estaria usando o Tribunal Regional Eleitoral e sua função pública para emitir “posições pessoais, preconceituosas e discriminatórias”.
O processo contra Elisabeth Carvalho foi assinado por 71 deputados federais, de diferentes denominações evangélicas do país, e também de representantes ligados à Igreja Católica.
Segundo registro do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, a desembargadora deixou de lado a leitura de seu voto escrito e disparou: “a Igreja Evangélica, quando não recebe em óculos, em anel, em nisso e aquilo… recebe em cash, recebe em espécie… Tão acostumados a enganar as pessoas, que por carência disso e daquilo, acorrem para os templos, dão tudo que tem a eles… e eles com aquela conversa enganam a eles… Por isso é uma coisa tão absurda que merecia um apuramento policial, por isso merece cadeia. RR Soares, por isso aqui, por tentar fraudar a administração pública, merece cadeia”.
 Porém, embora embasada por provas, a denúncia contra a desembargadora quase foi “enterrada” pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. O desembargador Sebastião Costa filho, atual vice-presidente do TRE-AL, tentou de forma arbitrária, apressar o arquivamento da Reclamação. Denunciada pelo jornal Extra, a desembargadora negou tudo.
Em entrevista ao mesmo jornal, Elisabeth Carvalho Nascimento disse que não tomou conhecimento do fato. Afirmou ainda que “as acusações de incitação ao ódio e preconceito com aqueles que professam a fé evangélica são infundadas, pois, ao seguir o Catolicismo, minha religião, também sigo o Evangelho e os ensinamentos do Mestre Jesus Cristo e sempre respeitei, e muito, a fé e a religião de todos”.

Livro mostra que falta pastores no interior do Brasil


Livro mostra que falta pastores no interior do Brasil Livro mostra que falta pastores no interior do Brasil



O pastor presbiteriano Sérgio Lyra escreveu um livro para mostrar a falta de pastores evangélicos no interior do Brasil, fazendo uma ligação com a falta de médicos, fator que está sendo repensado pelo governo brasileiro.
Em “Cidades do Interior”, que está sendo lançado pela editora Ultimato, o autor faz um apelo para o envio de pastores e missionários plantadores de igreja para as regiões Norte e Nordeste. Os dados apresentados na obra mostram que nas cidades pobres menos de 5% da população se declara evangélica.
De acordo com o Censo de 2010 apresentado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) há 33 cidades em Pernambuco com menos de 3% de evangélicos e na Paraíba são 90 cidades.
O pastor Sérgio Lyra, que é doutor em ministérios pelo Reformed Theological Seminary questiona os motivos para que as igrejas não estejam presentes nessas comunidades e tenta responder algumas perguntas como “o que as grandes igrejas urbanas fazem em prol da evangelização e da ação social nas cidades do interior?”.
Além de levantar esses questionamentos, o pastor oferece algumas propostas para a implantação de projetos missionários nessas cidades levando em consideração a realidade social e religiosa dessas localidades.

Gospelprime